TODAS ESSAS HISTÓRIAS SÃO REAIS

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terça-feira, 6 de março de 2007

Fora do meio? É marginal!


>>Fiquei sabendo que o Brasil tem aproximadamente 15 milhões de internautas. Levando em conta que 10 por cento da população mundial é gay segundo o IBGE, levando em conta que gay é muito mais atenado e plugado na internet do que outras classes, suponho que temos mais de 1,5 milhões de viados em plena atuação náutica virtual. Logo, as chances de você achar o que quer nos chats e nos sites de pegação, deveriam ser bem grandes.

Pois, não é que eu achei um garotão, ativo e fora do meio de 24 anos. Com jeito e voz de macho. Ufa!

Quando ele entrou no meu ap eu quase não consegui disfarçar o susto e lembrei que tinha deixado minha câmera digital caríssima visível no quarto. Ele era tão macho que beirava um marginal. Jeans sujo de homem relaxado, sapatos de camurça absorventes de chulé, um boné barato, olhos de índio e pele brasileira. Lindo! Uma espécie de macho jovem e rude, todo contido, com uma voz máscula e lenta. O metro de distância que mativemos à principio, por segurança entre nós, não me poupava do seu cheiro seco de pele e roupas usadas ha dias.

Quando ele me viu indo à janela para que lhe explicasse o que seria o "brise-soleil" do prédio ele veio atrás em passos firmes e me deu uma pegada bem nervosa, meio tensa e trêmula. Ao me virar desajeitadamente, me senti agredido. Não tenho cintura, cara! Quase falei. Sou macho demais para que outro me vire pela cintura. Não pode existir essa coreografia entre dois machos, pensei. Vai contra os códigos dos machos gays fora do meio. E como éramos, previamente estipulado, dois desses tipos, ele sem saber estava tentando destruir a minha autoridade. Mas, como foi um ímpeto provocado por sua insegurança, abstraí e deixei que me desse à volta completa com o braço.

Mas, o beijo veio com halitose e gosto de dentes mal tratados. Uma boca quente e seca que se abria demais, tocando a parte inferior do meu nariz. Respirei fundo e prendi um pouco a minha respiração. Algo se retraiu em mim. Mas, para um garoto daquela altura, lembrei que o pau poderia valer à pena todo o sacrifício respiratório. E nada que um bom drinque não resolvesse. O problema foi que ele não aceitou o drinque! Apenas uma água. Menos mal, a água refrescou um pouco e deixou sua boca mais úmida.

No quarto, ele tirou a roupa e ficou de meias soquetes brancas. O garotão lindo e marginal, virou patético e sujo. Não tinha o pau tão bom e seus pêlos eram muitos e se espalhavam pelas laterais, descendos pelas coxas. Era tão fora do meio que, não sabia ainda que, por mais fora do meio que voce seja, é preciso, mais do que tudo, uma boa aparência íntima.

Já desiludido, agi por compaixão. Desliguei o botão dos critérios higiênicos e estéticos e senti uma ligeira empolgação quando ele chupou minha bunda (chupava bem!) e pediu para me comer lambendo a boca, como quem tirava um pêlo dos dentes. Do nada, numa velocidade que até eu mesmo fui incapaz de perceber, surgiu uma camisinha na minha mão.

Ele tentou enfiar, porém era desastrado. Foram três tentativas frustradas. Decidido, virei e sentei nele. Tive uma sensação estranha. Havia entrado algo dentro de mim ali que não era um pau. Não era nem grande nem pequeno. E eu, olhando aqueles olhos pequenos assustados e inseguros, procurei sentir se vinha dele mesmo o que entrara em mim. Fiquei alguns segundos ali. Pedi meio mal humorado que ele ficasse quieto. Tentei senti meu corpo, algum certo prazer, mexi um pouco e nada. Apenas o objeto estranho ainda estava lá. Tentei beijá-lo para saber se o objeto tinha alguma conexão com outro tipo de carinho, algo mais afetuoso, e nada! Até que desisti e virei para o lado. Triste, provei finalemente para mim mesmo que um pau, às vezes, toma uma forma desconhecida, dura e sem vida. Quase como aqueles objetos que um dia tentamos enfiar em nós e depois nos sentimos mal e culpados.
Ele queria gozar e foi embora emburrado e desapontado feito um garoto de 24 anos quando desiste de sua mina inflexível.

7 comentários:

RECIEN LLEGADA disse...

Genial como siempre¡

Unknown disse...

muito bom... .estou mostrando pra vááárias pessoas e todas tbém concordam comigo....muito bom.....com aquela tênue linha que separa o humor escrachado com a sutileza de sentir

Anônimo disse...

Mais uma vez... adoreiii!!!
Está conseguindo descrever bem as experiências sem parecer vulgar... e sempre usando uma pitada de humor... perfeito! Perfeito! x=)

CARIOCA VIRTUAL disse...

GENIAL! ADOREI. TEXTO CORRETO E MUITO COERENTE E DIVERTIDISSIMO. DEU PRA IMAGINAR SUA CARA NA CENA. hahah

Thiago Lasco disse...

Realmente, vc passa muito bem a idéia do que rolou, sem cair na baixaria. Confesso que fiquei um pouco desapontado, porque adoro esses tipos rústicos e pelo início do relato, criei uma certa expectativa de que essa seria uma ótima foda com um cafuçu-delícia. mas nada como um bom banho de realidade, né ? melhor assim do que aqueles blogs em que os caras só contam vantagem, tudo é sempre maravilhoso e perfeito etc...

Rodrigo disse...

cara, achei ótimo.
Como bem disse o outro comentário ali,vc passou bem o que rolou sem cair na baixaria.

Voltarei!
abs

Anônimo disse...

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